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O CONGÁ (OU GONGÁ) DE UMBANDA

  • tendapjalmas
  • 25 de abr. de 2018
  • 3 min de leitura

A palavra Congá tem origem no idioma Banto, mas está diretamente ligada àquela aquela que na língua latina significa altar, tendo tanto o alto e o acima, como o nutrir, o alimentar por significado. Definição bastante adequada à função desempenhada por todo o Congá, onde se estabelecem pontos energéticos, dos quais o principal é o Altar.

Vários povos de diferentes culturas, através de sua hierarquia espiritual (sacerdotes, Xamãs, Pajés e outros) de alguma forma identificavam locais onde energeticamente estabeleciam relações com suas divindades e onde aí consagravam seus cultos a elas, como uma “ponte” entre os humanos e o sagrado, mesmo antes de se fazer templos destinados a seus cultos.

O Gongá é o ponto principal de axé do Terreiro. Um local consagrado, onde as energias são permanentemente renovadas, através de nossas preces e outros objetos imantados que ali são dispostos, como velas, flores, copos com água, pontos riscados, pedras e imagens. Imagens de Santos católicos por conta do sincretismo religioso, de caboclos, de pretos velhos, entre outras entidades de Umbanda.

Assim como o Congá, como um todo, é imantado, todos os elementos presentes lá também o são. Os símbolos ali presentes são energizados para poderem fazer parte deste ponto sagrado dentro da casa de Umbanda. É no Congá que o altar suspenso se une a outros pontos energéticos de firmeza espiritual para irradiar a energia por todo o chão, onde os pés descalços absorvem todo o fluido.

Na Umbanda lidamos com fluidos às vezes muito pesados e uma grande quantidade de pessoas não consegue ainda compreender o verdadeiro objetivo da Umbanda. O gongá é o mais potente aglutinador de forças do templo, ele é atrativo, condensador, escoador, expansor, transformador. Alimentador dos mais diferentes tipos de energias e de magnetismo. Existe um processo de constante renovação de força que emana do gongá, como núcleo centralizador de todos os trabalhos de umbanda.

Características do Gongá:

Atrativo: Atrai os pensamentos que estão a sua volta num amplo magnetismo de recepção das ondas emitidas. Quanto mais as imagens e elementos dispostos no altar forem harmoniosos com os orixás regentes do templo, mais é intensa essa atração. Gongá com excessos de objetos, dispersa e quebra as energias e suas forças emitidas.

Condensador: Condensa as ondas mentais que se “amontoam” ao seu redor, decorrentes da emanação psíquica dos presentes: palestras, adoração, consultas. Ele absorve os pensamentos dos consulentes e médiuns.

Escoador: Se o consulente ainda estiver formas-pensamentos negativos, ao chegar na frente do gongá, elas serão descarregadas para a terra, passando pelo gongá em patente influxo como se fosse um para-raios. O gongá absorve as energias negativas dos consulentes e descarrega na terra.

Expansador: Expande as ondas mentais positivas dos presentes; associadas aos pensamentos dos guias que as potencializam, são devolvidas para toda a assistência num processo de fluxo e refluxo constante.

Transformador: Funciona como uma verdadeira usina de reciclagem de lixo astral, devolvendo-o para a terra.

Alimentador: é o sustento vibratório de todos os trabalhos mediúnicos, pois junto dele fixam-se no astral os mentores dos trabalhos que não incorporam.

Assim, podemos verificar que o altar, ou o Gongá, usando terminologia própria da Umbanda, é uma verdadeira concentração energética. Todos concentram alí seus pensamentos, suas orações, suas criações mentais mais sutis. Então, quando precisamos de uma cota energética maior para desenvolver certas atividades, é só recorrermos a esse “depósito” de energias, pois ele é também um imenso reservatório de ectoplasma, força nervosa grandemente utilizada por nossos trabalhadores, em vista da natureza nas nossas atividades.

Desta forma, é necessário que se cuide muito bem do conga de uma Casa. A harmonia de uma reunião de Umbanda está diretamente relacionada com a manutenção da boa prática de energização de todos os símbolos ali presentes, para que a troca realizada seja intensa e benéfica para todos os participantes da corrente mediúnica.

 
 
 

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